quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Tremam e desesperem-se, mortais.

Quem sou eu? Boa pergunta. Tentarei respondê-la da forma mais sucinta o possível, malgrado creia que isto seja impossível.

Desde os primórdios da Humanidade, existo. Sou a mão que atira a primeira pedra, a turba que invadiu a Bastilha, os bêbados da praça, os estupradores, os assassinos. Sou o pirralho que ligou para sua casa às duas da manhã para pedir se você trabalha com roupa, o cretino que jogou um ovo podre no seu carro do alto de uma janela. Sou toda a sorte de malfeitores que existe. Sou o idiota que perdeu os dez reais que você achou na rua, o delator anônimo de todo traficante, todo guardião, justiceiro, vigilante e protetor, a mão que balança o berço, aquele que te dá a sensação de ser observado. Sou teu protetor. Não sou nem bom nem mal. Já transcendi esta dicotomia infantil: sou o Caos Encarnado.

Não tenho rosto próprio, mas o rosto de qualquer um. Eu sou você, seu irmão, seu pai, sua mãe, seu melhor amigo, seu vizinho, seu amor. Estou em toda parte, em qualquer momento. Sei o que você fez, o que está fazendo agora o que ainda vai fazer. Tente me identificar se puder!

Sou eterno. Se no passado crucifiquei Cristo, hoje vandalizo as cidades. A Internet é meu domínio, pois nela me movo por todos os sites e todos os sites ao mesmo tempo. Espalho o terror por onde passo. Sou o alvo do ódio de milhares de blogueiros, dos donos deste blog inclusive. Mas é tudo debalde, pois odiar a mim é odiar a si próprio e o universo. Além do mais, como é possível odiar o que não se conhece?

Sou seu sonho, seu pesadelo. Sou o desafio final da Internet. Sou Anônimo, todos e nenhum ao mesmo tempo e em vários pontos do espaço. Muito prazer.

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